Seminário Internacional<br>sobre a história do MPLA

A convite do Movimento Popular para a Libertação de Angola (MPLA), o PCP, representado por Domingos Abrantes, membro do Comité Central, participou no Seminário Internacional subordinado ao tema «MPLA, cinquenta e cinco anos por Angola e pelos angolanos», realizado em Luanda entre os dias 6 e 8 de Dezembro.

Analisando o papel do MPLA, Domingos Abrantes salientou na sua intervenção que foi pela justeza das respostas que foi capaz de dar às diferentes fases do seu percurso - luta clandestina, luta armada e contra a agressão racista e imperialista, e pela identificação com os interesses dos povos de Angola considerada como nação una -, que o MPLA se elevou à condição de vanguarda e legítimo representante do povo angolano na sua luta de libertação nacional.

Pondo em relevo os profundos laços de solidariedade e cooperação que se estabeleceram entre o MPLA e o PCP, Domingos Abrantes recordou que esses laços se forjaram nas lutas comuns de ambos os partidos contra o fascismo e o colonialismo português, lutas que ainda que travadas de forma autónoma pelos povos angolano e português, convergiram no objectivo comum que era a derrota do fascismo e do colonialismo, condição para a libertação de ambos os povos.

Na intervenção realizada no Seminário, foi ainda denunciando o carácter erróneo de certas teses que minimizam a luta do PCP contra o colonialismo e a sua activa solidariedade para com os povos das colónias portuguesas e os seus legítimos representantes, tendo sido demonstrado que o PCP, praticamente desde a sua fundação, sempre se manifestou contra o colonialismo português e desenvolveu acções concretas, sem paralelo com outras forças políticas, de solidariedade para com a luta dos povos das colónias portuguesas, antes e depois da independência do domínio colonial. As primeiras manifestações de solidariedade remontam a 1921 e 1922, respectivamente para com a luta dos povos de São Tomé e de Angola, vítimas de brutais actos repressivos.

No longo historial de activa solidariedade do PCP para com os movimentos de libertação e em particular para com o MPLA, foi destacado como um marco particular dessa solidariedade o papel na organização da fuga do camarada Agostinho Neto, iniciativa que permitiu sacá-lo das garras do fascismo em Portugal e retomar o seu lugar na condução da luta de libertação de Angola.



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